Por que utilizamos Mudras?
Mudra significa
gesto ou postura de mãos e dedos que influenciam nosso corpo, mente e
cérebro.
Os mudras influenciam diretamente a nossa mente
através dos canais energéticos (meridianos, nadís),
e o corpo físico por meio do sistema endócrino, e sistema nervoso simpático e
parassimpático, produzindo efeitos fisiológicos e psíquicos. Uma técnica
aparentemente simples como um mudra pode desencadear estados de
consciência avançados desde os primeiros momentos de pratica.
Dr. Dharma Singh Khalsa (Autor do livro: Longevidade do
Cérebro), explica que "A partir do estudo ocidental de anatomia, sabemos que
as mãos e seus dedos são altamente representados no córtex cerebral; isto é, há
uma relativa abundância da área no córtex que está designada para o controle
das mãos e dos dedos. Também sabemos que certos movimentos das mãos e dos dedos
parecem ajudar o cérebro a padronizar a coordenação física. Assim posicionar as
mãos e seus dedos aparentemente tem um efeito sobre a função cognitiva. Do
ponto de vista oriental, as mãos e os dedos têm um significado mais profundo.
Segundo os mestres de Yoga, cada área da mão reflete ou ajuda a controlar uma
área especifica do cérebro apenas esticando os dedos, cruzando-os ou tocando a
ponta deles no polegar ou em outra parte da mão".
Em
Gheranda Samhita, escritura sagrada da Índia Shiva explica para sua esposa
Parvati a importância dos mudras:
“Oh Devi, todos estes mudras cujo conhecimento conduzem quem os
prática à obtenção de siddhi (realização), devem manter-se em grande segredo.
Não serão para ensinar alegremente a qualquer um. Este conhecimento que não é
fácil de obter nem sequer pelos próprios deuses, proporciona felicidade ao
yogi!”
No yoga hoje, utilizamos os mudras principalmente nas meditações,
para obter saúde e bem estar físico e mental. Sua prática regular ajuda a desbloquear
os nadís, ativa os chakras e eliminam bloqueios que atingem não só o corpo
físico, mas todos os demais corpos energéticos.
Os Mudras são muito utilizados em Kundalini
Yoga, pois
potencializam os resultados e benefícios da prática de Yoga e meditações.
Os mais utilizados em Kundalini Yoga são:
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GYAN
MUDRA: A
ponta do polegar toca a ponta do dedo indicador estimulando o conhecimento e
habilidade. O dedo indicador é simbolizado por Júpiter, e o polegar
representa o ego. Gyan Mudra transmite receptividade e calma.
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GYAN
MUDRA ATIVO: A
primeira articulação do dedo indicador é dobrada sob a primeira articulação
do polegar. Transmite um conhecimento ativo.
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SHUNI MUDRA: Ponta
do dedo médio (simbolizado por Saturno) toca a ponta do polegar. Para
adquirir paciência.
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SURYA
ou RAVI MUDRA: Ponta
do dedo anelar (simbolizado por Urano ou o Sol) toca a ponta do polegar. Para
adquirir energia, saúde e intuição.
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BUDDHI
MUDRA: Ponta
do dedo mínimo (Mercúrio) toca a ponta do polegar. Proporciona uma
comunicação clara e intuitiva.
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MUDRA DE VENUS: Entrelace os dedos com o dedo mínimo
esquerdo na parte inferior, com o dedo indicador direito no topo para os homens
e para a esquerda para as mulheres. Os montes Vênus na base dos polegares
são pressionados juntos, canalizando sensualidade, sexualidade e equilíbrio
glandular. Ajuda a concentrar-se.
JUPITER MUDRA: (abaixo, à direita). Com os dois
dedos indicadores juntos, o poder de Júpiter, ou boa sorte e expansão está
ativada. Juntos, eles concentram a sua energia para romper barreiras.
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MUDRA
DE ORAÇÃO: AS
Palmas são pressionadas juntas, neutralizando e equilibrando yin & yang,
para centrar.
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TRAVA
DE URSO: Apalma
esquerda fica virada para fora do corpo com o polegar para baixo, e palma da
mão direita fica virada para o corpo, com o polegar para cima, e os dedos
estão enganchados fortemente criando uma pressão para os lados, para estimular
o coração e fortalecer a concentração.
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BUDDHA MUDRA: A
mão direita repousa sobre a esquerda para os homens, à esquerda sobre a
direita para mulheres, palmas para cima, polegares se tocam num gesto de receptividade. Acalma, e melhora a
concentração. Este mudra é utilizado em muitas meditações.
Yogi Bhajan: ”Você tem uma escolha: viver em excelência
e consciência ou viver sujeito aos estereótipos de seus hábitos inconscientes!”
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