Yoga nos ensina a viver dentro de nossa
Realidade.
E o que é a Realidade?
E o que é a Realidade?
É a solicitação do externo para que seja desta ou de outra forma? É a moda que
determina sua aparência e sua atitude? São os papéis que desempenha e que
parecem dar-lhe uma identidade? Isto não é a sua Realidade, enquanto uma
influência de fora para dentro. Poderá sê-lo, ao se tornar uma atitude de
dentro para fora, sempre, no entanto, expressa dentro da originalidade de seu
ser.
Sua realidade é sua alma e ela está adormecida e entorpecida pelas manipulações
da mente que deseja, a qualquer custo, estar no comando. E, assim, sua vida é
uma nau sem rumo, dirigida por um comandante instável, emocional e inconstante.
Não que a mente seja algo que deva ser desprezado. Ela apenas não pode ser o
dirigente supremo do seu Ser. Ao contrário, ela deve ser dirigida pela alma e,
então, sob orientação desta, comandar o corpo. Por isto, é muito importante
aquietar, treinar e disciplinar a mente e isto é obtido principalmente pela
meditação.
A imagem criada por Patânjali da mente quieta é a da superfície de um lago
sereno, calmo, que permite que se enxergue o fundo. Com a mente pacificada
visualiza-se (quem sabe pela primeira vez) o profundo do seu ser, sua verdadeira
realidade e identidade, a sua alma. E, conhecendo-a, despertá-la e,
despertando-a, manifestá-la como um ser único em todo o Universo – este é seu
legado e seu destino. Ela é sua parte infinita e imortal e, através dela, todos
os inesgotáveis recursos de prana (energia vital) do Universo estão à sua
disposição. Apenas imagine-se mergulhado num oceano de luz, envolvendo-o e
preenchendo todo o seu interior. Assim é a sua alma despertada, desabrochando
para a Fonte da vida. E usar efetivamente a Fonte, fazendo circular livremente
o prana e alcançar a plenitude de saúde, de recursos materiais, de
alegria, de amor, de relacionamentos, é a prosperidade.
Como captar a energia da Fonte? A respiração espontânea é um recurso
poderoso para esta captação de prana. Como fazer a energia circular livremente?
Kundalini Yoga, como um grande instrumento para a consciência é um dos grandes
caminhos para manter livre esta circulação.
A prosperidade é um fluir , a respiração é um fluir. A prosperidade é um
desabrochar confiante nos recursos, colocados à disposição, pelo Céu ( prana) e
pela terra (recursos materiais). A respiração é um circular confiante dos
recursos do céu (prana), através de nosso sistema interno, organizando-o,
harmonizando-o, para gerar os recursos para nossa vida material.
Neste sentido, a respiração espontânea e natural, com seu fluir equilibrado,
espontâneo e livre entre inspiração e expiração é uma grande forma para
alcançar o sentido de prosperidade. A respiração restringida, consciente ou
inconscientemente, impede o fluir da energia vital, levando à sensação de
limitação, escassez e finitude. A expressão disto, a nível emocional, é o medo
e a expressão, dentro da realidade física, é a sensação de que sempre falta
algo. Estamos, nesta situação, desconhecendo mais uma vez a infinitude de nosso
ser, representada pela alma.
Gostaria de sugerir o exercício abaixo, de Donna Fahri, para começar o caminho
rumo à plenitude de seu ser, plenitude esta que conhecemos como Prosperidade. É
uma prática que desenvolve a confiança de que a fonte não se extingue quando o
ar sai ou quando você se esvazia e, assim, com calma, você apenas espera pelo
novo recurso que sempre virá.
“Sente-se confortavelmente no chão ou em uma
cadeira e comece a observar a respiração sem tentar alterá-la ou fazê-la
diferente. Apenas deixe a respiração fluir. Vagarosamente coloque a atenção na
exalação e deixe sua consciência fluir para baixo em toda a extensão dela. Faça
isto algumas vezes, desfrutando a sensação da respiração sair sem esforço de
seu corpo. O que você encontra quando a expiração termina? Você consegue sentir
a pausa momentânea que ocorre quando a exalação termina? Esta pausa pode ser
breve, uma hesitação momentânea, mas algo muito especial acontece nesta pausa.
Não tente fazer a pausa acontecer ou forçosamente estendê-la. Simplesmente
relaxe e deixe acontecer. Você sentirá que a expiração termina dentro de seu
próprio ritmo e que a próxima respiração acontece naturalmente, sem que você
tenha que puxar por ela. A inalação nasce do silêncio da pausa e a exalação se
dissolve nela.
Esta pausa é uma fonte, um recurso que está sempre disponível. Saiba que quando
estiver cansado ou confuso, apressado ou oprimido, você pode respirar esta
fonte para descansar e recuperar-se, simplesmente entrando na pausa do final da
expiração. Sem antecipar ou planejar o próximo momento, você pode esperar e ver
o que a próxima respiração traz?”
Por Guru Suroop Kaur Laís Moreira
(Professora de Kundalini Yoga - Ribeirão Preto-Sp.)
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